Cultivar o mar
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Title |
Cultivar o mar
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Creator |
Technical Centre for Agricultural and Rural Cooperation
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Description |
As algas marinhas tornaram-se indispensáveis ao fabrico de muitos produtos alimentares, têxteis, cosméticos e outros bens. Uma oportunidade para as comunidades costeiras dos países ACP, alguns dos quais estão já lançados na algocultura. Estimulada pela forte procura da indústria, nomeadamente alimentar e têxtil, a cultura de algas marinhas não cessa de se desenvolver no mundo. Enquanto que nos últimos 30 anos a colheita de algas selvagens estabilizou num milhão de toneladas, a produção de algas aumentou oito vezes. Em 2003, segundo as estatísticas da FAO, já ultrapassava as 8,5 t de algas frescas. E segundo peritos, o seu desenvolvimento deverá prosseguir a um ritmo sustentado. Entre milhares de espécies de macroalgas marinhas conhecidas, classificadas segundo a sua cor verde, vermelha ou castanha, apenas são utilizadas algumas dezenas que são cada vez mais procuradas. É o caso das algas vermelhas Chondrus, Euchema, Gelidium e Gracilaria e das castanhas Laminaria e Macrocystis. As algas castanhas (5,6 t em 2003) são de longe as mais cultivadas, à frente das vermelhas (2,8 t) cuja produção aumentou todavia 75% entre 1993 e 2003. Em contrapartida, a cultura das algas verdes, ou alfaces do mar, encontra-se em forte regressão: 7167 t em 2003 contra 91 169 t em 1993. Propriedades espantosas Numerosos sectores industriais não poderiam dispensar os ficocoloides ou hidrocoloides, extractos de algas com propriedades espessantes, gelificantes e estabilizadoras insubstituíveis. Capaz de reter até 140 vezes o seu próprio volume de água, o ácido algínico, extraído de algas castanhas, é indispensável nas indústrias têxtil e alimentar. As propriedades gelificantes dos ágares, extraídos de algas vermelhas, são fundamentais para todos os tipos de preparações industriais tais como confeitarias e molhos. Os carragenatos, igualmente extraídos de algas vermelhas, são principalmente utilizados na confecção de sobremesas lácteas. Todas estas substâncias, pouco ricas em gorduras e não tóxicas, são cada vez mais utilizadas pelos fabricantes de alimentos saudáveis. Os sectores têxtil e alimentar, sozinhos, absorvem em média 80% da produção mundial destes extractos e a procura não cessa de aumentar. Uma vez que a simples recolha de algas selvagens já não consegue satisfazer a procura, alguns países costeiros do Sul lançaram-se na sua cultura, por vezes encorajados por industriais que pretendem assegurar o seu aprovisionamento. Assim, em África e nas ilhas do Pacífico, explorações aquícolas cultivam, nomeadamente, algas Eucheuma. Exigente em mão-de-obra, mas requerendo poucos investimentos, a algocultura é uma actividade que se adapta facilmente a pequenas explorações. A técnica consiste em fixar As algas marinhas tornaram-se indispensáveis ao fabrico de muitos produtos alimentares, têxteis, cosméticos e outros bens... European Union Internal Review |
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Date |
2015-03-30T13:54:31Z
2015-03-30T13:54:31Z 2005 |
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Type |
News Item
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Identifier |
CTA. 2005. Cultivar o mar. Esporo 70. CTA, Wageningen, The Netherlands.
1019-9381 https://hdl.handle.net/10568/64419 |
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Language |
pt
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Relation |
Esporo 70;
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Rights |
Copyrighted; all rights reserved
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Publisher |
CTA
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Source |
Esporo
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